sábado, 22 de outubro de 2011

Sonhos e saudades... Saudades e sonhos....

        Como dizia o poeta “em algum lugar deve existir, uma espécie de bazar, onde os sonhos extraviados vão parar”. Acho que os meus sonhos e planos se extraviaram e foram parar nesse algum lugar. 
        Me pergunto porque os nossos sonhos se vão, se perdem... Por isso estou aqui sentindo saudades, saudades de mim, de você, da nossa história, do nosso presente. Saudade de um tempo em que meus sonhos eram fantasias de criança...
         A vida nos proporciona encontros fantásticos, que nos marcam pra sempre, que se tornam únicos e que deixarão saudades. Hoje lendo algumas coisas sobre saudade encontrei esse texto que compara a nossa vida a uma viagem de trem. E nessa viagem, acontecem embarques e desembarques. Alegrias e tristezas. Amores e saudades.... Sonhos e decepções... 
        Façamos que nossa viagem se torne especial, mesmo que nossos sonhos sejam extraviados para algum lugar...


Viagem de Trem



“Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma leitura deveras interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.


Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis… Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser muito especiais para nós, embarquem. 


Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos. Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio. Outros encontrarão nessa viagem somente tristezas. Ainda outros circularão pelo trem, prontos o ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.
 


Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles… só que, infelizmente, jamais, poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar.



Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas… porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e provavelmente, precisaremos entender porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que não entenderá.


O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em que parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades… acredito que sim. Mas separar-me de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido.


Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro no esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que tinham quando embarcaram… e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa…
 


Amigos, façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranquila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.”



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